Le Mans 1992 : Peugeot 905 (nº1)

Depois da década de 1980, a Peugeot obteve uma sólida reputação ao vencer dois títulos mundiais de "rallies", conseguindo, além disso, quatro vitórias no famoso "Paris-Dakar". As 24 Horas de Le Mans serviram à marca de Sochaux para demonstrar o seu "Know-how".
Em 1991, a vinda a La Sarthe teve como único fim a aquisição de experiencia e também o desenvolvimento in situ do novíssimo 905. A equipa Peugeot Talbot Sport, criada em 1981 por um certo Jean Todt como seu director tinha a experiencia de cerca de trinta anos de rallies mas da logistica particular das 24 Horas de Le Mans .
Com Jean-Pierre Jaboille ao volante, o novíssimo 905 foi apresentado ao público em 4 de Julho de 1990 no circuito de Nagny-Cours. Apesar de aparentemente bem nascido, carro revelou desde logo diversas dificuldades que pertubaram o plano de desenvolvimento e a equipa técnica foi obrigada a rever a sua cópia.
Embora com resultados encorajadores nas provas em participou em 1991, nas 24 Horas de Le Mans desse ano os dois automóveis inscritos não conseguiram cumprir mais de metade da corrida.

A temporada de 1992 trouxe algumas evoluções: aileron,deflector, capot, motor aligeirado em 16 kg e fiabilizado...
Nesse ano inscreveram-se três modelos em Le Mans , mas, enquanto o nº1 apresentou o novo chassis, o nº2 conservou o EV16 do ano anterior e o nº31 recuperou o modelo EV12 utilizado no primeiro carro de 1990.
Começaram com os melhores auspícios com Philippe Alliot a pulverizar o recorde da volta mais rápida em 31' 21''209, a uma média de 243 km/h. Em condições climatéricas muito dificeis, a corrida começou mal, com o nº31 de Alain Ferté/Eric Van de Poele/Karl Wendlinger a embater num Toyota.

Depois de uma boa recuperação foi obrigado a abandonar com o motor gripado. O Mazda nº5, derivado directamente do Jaguar XJR14, comandou o baile durante a primeira hora, mas o 905 nº1 de Yannick Dalmas/ Mark Blundell/Derek Warwick assumiu a liderança a partira da segunda hora para nunca mais a largar até baixar a bandeira a axadrezada.
Com uma saída na oitava posição, o Toyota nº33 conseguiu uma recuperação espectacular, aproveitando-se de alguns percalços técnicos do Peugeot nº2 para lhe roubar o segundo lugar depois da quinquagésima hora. Alliot/Baldi/Jaboille atrasaram-se com uma série de problemas na caixa de velocidades, mas depois recuperaram bem. Um grande susto no clã Peugeot quando Alliot foi parar fora de pista, mas não se podem considerar dramáticas estas duas excursões que o colocaram na quinta posição tendo em conta a continuidade dos acontecimentos.

O nº1 teve de parar na box com problemas electricos mas os tecnicos não brincam em serviço e montaram uma panóplia de caixas electrónicas num tempo recorde na esperança de que a escolha fosse boa. O carro da liderança voltou a entrar rapidamente na pista continuando a revelar cronometragens surpreendentes. Até ao final da prova, rodou como um relógio sem a menor adversidade. A partir daí, a corrida estava no papo e a Peugeot concretizou um pódio soberbo, deixando o segundo lugar ao carro japonês.
Textos: Altaya
Fotos: Le Mans History

A miniatura de excelente acabamento na escala 1/43 é da Altaya fabricada pela IXO.


Comentários

José António disse…
Belos anos da Peugeot!
As miniaturas estão muito boas, principalmente a da colecção de Le Mans.